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Arquitetos: Snøhetta
- Área: 220 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Bruce Damonte, Paal-André Schwital, EVE
Descrição enviada pela equipe de projeto. A empresa de arquitetura Snøhetta é parceira ativa do grupo ZEB (Centro de Pesquisa de Edifícios com Emissão Zero de Carbono). A Casa Multi-Conforto ZEB é uma cooperação entre Snøhetta, o maior órgão independente de pesquisa da Escandinávia SINTEF, além das empresas Brødrene Dahl, e Optimera. O volume da casa descreve uma moradia unifamiliar, no entanto, a construção está destinada a ser utilizada como uma plataforma de demonstração para facilitar a aprendizagem sobre a construção e metodologia para futuras casas com soluções sustentáveis integradas.
Para alcançar a classificação ZEB-OM, o projeto precisa documentar e verificar um mínimo de 100% de compensação de carbono. A produção de energia renovável através de painéis fotovoltaicos e solares integrados na envolvente do edifício permite a compensação de emissões de carbono geradas pela queima de combustíveis fósseis em usinas de energia. Compensando desta forma é possível reduzir a emissão de gases de efeito estufa, além de outros gases simultaneamente. O foco em emissões de carbono associadas com materiais de construção representa uma nova direção para a indústria da construção sustentável.
Inclinação característica para o sudeste
A casa tem uma inclinação característica em direção sudeste e uma superfície de telhado inclinada, folheada ou chapeada com painéis solares e coletores de água da chuva. Estes elementos, juntamente com a energia geotérmica de poços de energia no chão, servirão as necessidades de energia da casa e gerarão excedente suficiente para abastecer um carro elétrico durante todo o ano. Para que isto se torne realidade, uma arquitetura e tecnologia de sucesso devem andar juntas e assegurar a otimização do conforto e do uso de energia.
Luz do dia, vistas e contato com a natureza são reconciliados com a necessidade de equilibrar paredes e janelas fechadas. O aquecimento e resfriamento é resolvido de forma passiva através do uso de superfícies de vidro, orientação, geometria da casa e a escolha de materiais com boas características térmicas. Os materiais usados nas superfícies interiores foram escolhidos com base na sua capacidade de contribuir para a boa qualidade do ar interior, não apenas pelas qualidades estéticas.
Pátio Externo
Um átrio com lareira e sala de jantar se abre para o exterior e ao ar livre do início da primavera ao fim do outono. Uma sensação de acolhimento em uma das casas mais avançados do mundo, com uma sala com paredes de tijolos e toras de madeira.
Paisagem
A paisagem é formada como um jardim onde os visitantes podem caminhar ao redor da casa e descobrir os elementos que fazem dela uma casa excepcional. O jardim tem uma piscina e chuveiro que utilizam o excedente de calor gerado pelos painéis solares, uma sauna aquecida com lenha e um depósito que protege a vista do interior da casa, trazendo privacidade.
Ambições ambientais e processo de design
Ambições ambientais elevadas criaram novos parâmetros no processo de design. Novas ferramentas foram utilizadas, as disciplinas acadêmicas trabalharam mais em conjunto e os requisitos de documentação foram mais exigentes do que nunca. Em particular, o grande foco na escolha dos materiais em fases iniciais de desenvolvimento é algo novo e isso gera processos de design inovadores a nível multidisciplinar.
Um projeto com tamanha ambição ambiental foi impulsionado pelo conhecimento de novas tecnologias, fontes de energia renováveis, assim como materiais, técnicas de construção e outros recursos locais.
O projeto possui um grande foco em manter as características de uma residência familiar através de propriedades não quantificáveis. Conforto e sensação de bem estar emotivo regeram o processo do projeto na mesma medida da demanda de energia.